O governador Paulo Câmara afirmou, neste sábado (10), que as medidas anunciadas nessa sexta-feira (9) como respostas às denúncias de irregularidades no complexo prisional do Curado – antigo Aníbal Bruno – apenas “vão enfrentar alguns problemas pontuais”.
Imagens de presos portando facões, dando festas e usando celulares no local levaram o então secretário-executivo de Ressocialização de Pernambuco, Humberto Inojosa, a renunciar ao cargo, na quarta-feira (7). No mesmo dia, o coronel Éden Vespaziano foi indicado para substituí-lo. Nessa sexta-feira, o Governo anunciou um pacote de 14 medidas emergenciais de curto, médio e longo prazos para fortalecer a estrutura do sistema prisional em Pernambuco. As ações têm custo estimado em R$ 200 milhões.
“São medidas na questão principalmente da humanização, de dar conclusão a algumas obras que estão em andamento. Mas isso é uma questão que a gente vai ter que enfrentar durante os próximos quatro anos para dar uma solução definitiva”, afirmou Paulo Câmara, neste sábado, durante lançamento de mutirão para requalificação da PE-15.
O governador disse que gostaria de fechar ao invés de abrir novas unidades prisionais. “Infelizmente no nosso sistema prisional aumentou muito o número de presos. Nenhum governante gosta de construir presídio. Pelo contrário, a gente gostaria de estar fechando. Mas a necessidade hoje exige isso e a gente vai ter que trabalhar em cima disso.”
O socialista acrescentou que esse desafio da segurança pública não é apenas de Pernambuco, mas nacional. “E a gente vai ter que enfrentar porque ele tomou um volume muito grande. Muito maior. O Pacto pela Vida diminuiu muito o número de homicídios, mas aumentou muito a população carcerária. Então isso vai exigir de nós um trabalho diferenciado na questão da ressocialização”, finalizou o governador.
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